MUNDIAL DE ATLETISMO PARAOLIMPICO
Brasil começa busca por medalhas no Mundial de atletismo
Seleção conta com 25 atletas em Christchurch/Nova Zelândia, para o maior campeonato de todos os tempos.Mais de mil atletas de 70 países entrarão em ação no Campeonato Mundial Paraolímpico de Atletismo em Christchurch/Nova Zelândia. Pela primeira vez na história um país fora da Europa receberá o segundo maior evento para atletas com deficiência do planeta (depois das Paraolimpíadas). .
O Brasil conta com uma delegação de 25 atletas e vem com força máxima: seus medalhistas paraolímpicos Lucas Prado, Terezinha Guilhermina, Ádria Santos, Alan Fonteles, André Oliveira, Antônio Delfino, Jerusa dos Santos, Odair dos Santos, Ozivam Bomfim, Shirlene Coelho, Tito Sena e Yohansson Nascimento.
Um time de respeito que estará na pista do complexo esportivo QE II, de 22 a 30 de janeiro, com metas bem definidas: repetir o resultado de Pequim 2008, quando o país ficou em 10º, conquistando 15 medalhas (quatro de ouro, quatro de prata e sete de bronze). No Mundial de 2006, em Assen, os brasileiros já haviam tido marca semelhante: conquistaram 25 medalhas, sendo quatro de ouro, 11 de prata e 10 de bronze, ficando em 17º no quadro de medalhas e sétimo em total de atletas no pódio.
“Essa equipe é uma soma de talentos. Temos uma nova geração, aliada aos atletas que conquistaram medalhas de ouro em Pequim 2008, àqueles que ainda estavam em seu momento de evolução nas Paraolimpíadas e àqueles que se tornaram realidade depois dos Jogos”, diz o presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro, Andrew Parsons. “A expectativa é conquistar um resultado melhor do que alcançamos no Mundial de 2006. Além disso, o Mundial, a 18 meses das Paraolimpíadas, será uma referência muito precisa do que teremos em Londres 2012”, completa o dirigente.
Um dos principais nomes do Brasil em Christchurch, Lucas Prado sabe que pode fazer a diferença em relação à campanha na Holanda, há quatro anos.
“Naquela vez levei uma surra de todo mundo”, lembra Lucas, que perdera a visão em 2005, apenas um ano antes da competição, e fazia sua estréia em mundiais. “Agora quero vencer todos para conquistar meu sonho de, como o judoca Antônio Tenório, ser campeão paraolímpico invicto em quatro edições dos Jogos”, diz o velocista alçado à condição de favorito depois de seus três ouros em Pequim 2008.
Para chegar ao resultado esperado, a delegação pisou cedo em solo neozelandês. Desde o dia 7 de janeiro a equipe está em Christchurch que, com seus 400 mil habitantes, é uma das cidades mais preparadas do mundo para receber pessoas com deficiência. Aclimatados ao fuso de 15h de diferença em relação ao Brasil e aos frequentes terremotos (na manhã do dia 20, a equipe foi acordada às 6h com um tremor de 5.1 graus na escala Richter), os atletas já estão em casa.
“O clima é o melhor possível na equipe”, garante o chefe de missão Edílson Rocha Tubiba, ressaltando que todas as noites os atletas se reúnem em uma sala exclusiva do Brasil para jogar cartas, dominó e tocar música. “Fomos muito bem recebidos aqui, estamos como uma ótima estrutura à disposição, com pista, academia, transporte, alimentação e hospedagem de primeira classe... tudo isso esta fazendo com que o grupo pense apenas nos treinamentos e na competição. Esses dias a mais certamente farão com que o Brasil não perca por pequenos detalhes.”, completa o diretor técnico do CPB. Na chegada à Nova Zelândia, a equipe mereceu foto de destaque no jornal local.
Os primeiros a competir, no sábado (22, a partir de 9h, horário local), são Thiago Barbosa (T54, 100m), estreante em mundiais, e Paulo Douglas Souza, atual recordista mundial e líder do ranking F36 no lançamento de dardo. Em seguida será a vez de as campeãs paraolímpicas Terezinha Guilhermina e Ádria Santos (T11) entrarem em ação nos 200m ao lado de Jerusa Santos. Ana Tércia Soares (T12) também compete no primeiro dia a prova de 200m. A mesma distância em que Jenifer Santos (T38) participará na manhã de sábado (horário local). À tarde é a vez dos homens nos 100m: o campeão paraolímpico Lucas Prado e Daniel Mendes Silva, ambos na categoria T11.
Aos 18 anos, o caçula da delegação verde-amarela, Alan Fonteles, da geração 2016, terá um dos principais adversários internacionais pela frente: o sul-africano Oscar Pistorius, dono de quatro ouros paraolímpicos, que ficou conhecido no mundo todo por pleitear a participação nas Olimpíadas de Pequim 2008.
“Vai ser também um grande desafio. Acho que os competidores estão em nível de igualdade e a disputa será bem forte, em Christchurch”, observa Oscar Pistorius.
Além de Pistorius, a dupla americana campeã paraolímpica April Holmes e Jessica Galli são destaques mundiais.
Pelo Brasil, Lucas Prado, campeão paraolímpico nos 100m, 200m e 400m T11, e Terezinha Guilhermina, dona de quatro medalhas paraolímpicas (um ouro, uma prata e dois bronzes) são destaques. Além deles, Odair dos Santos, campeão mundial dos 1.500m T12, que foi reclassificado em agosto de 2010 e, desde então, tem corrido próximo dos recordes mundiais dos 1.500m, 5.000m e 10.000m T11.
Jonathan Santos e Shirlene Coelho completam a lista. Ele bateu sete recordes mundiais do arremesso de peso e do lançamento de disco F40 só em 2010. Ela é a atual recordista mundial do lançamento de dardo F37 e dona da melhor marca do mundo na prova em 2010.
fontes:www.r7.com.br ; www.cpb.org.br
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