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sábado, 31 de dezembro de 2011

A capoeira escrava e outras tradições rebeldes


A capoeira escrava e outras tradições rebeldes Ao estudar a prática dos negros, historiador encontra aspectos desconhecidos das relações entre escravos, senhores e Estado ÁLVARO KASSAB O historiador carioca Carlos Eugênio Líbano Soares não tem dúvidas: a capoeira nasceu na América, apesar de articulada por elementos comuns na cultura africana – entre eles a dança e a língua – e é uma resposta dos escravos a um novo ambiente urbano, que começou a ser formado no início do século 18. A tese está no livro “A capoeira escrava e outras tradições rebeldes no Rio de Janeiro (1808-1850)”, publicado pela Editora da Unicamp. Soares vasculhou arquivos em Portugal, Angola e no Brasil para fundamentar sua obra. Não foi a primeira incursão do pesquisador pelo tema. Em “A negregada instituição: os capoeiras na corte imperial, 1850-1890” (Editora Access), livro premiado pelo Arquivo Municipal do Rio de Janeiro e sua dissertação de mestrado defendida na Unicamp em 1993, Soares promove uma leitura inédita da capoeira, ancorada na literatura e numa vasta documentação política e policial. Machado de Assis, Aluísio de Azevedo, por exemplo, foram fontes de pesquisa. A obra de Plácido de Abreu, escritor português pouco conhecido na chamada época de ouro da literatura (final do século 19 e começo do 20), foi da mesma forma objeto de análise. Abreu foi capoeira, assim como muitos imigrantes de várias nacio-nalidades na época. Depois acabou denunciando-a como algo marginal e perigoso. Em geral, lembra o pesquisador, a capoeira era estudada como tema antropológico. “Falava-se muita bobagem da mais importante manifestação de rua do século 19 no Brasil”, testemunha Soares, que privilegiou a abordagem historiográfica da capoeira ligada à escravidão, sua área de pesquisa na Unicamp. A inserção do tema numa perspectiva histórica fez surgir até uma linha de estudo que vem conquistando adeptos, além de revelar aspectos até então desconhecidos. Um deles, abordado em “A negregada...”, revela as ligações políticas dos escravos com a elite, sobretudo após a Guerra do Paraguai, que foi um divisor de águas na segunda metade do século 19. Os capoeiras eram uma espécie de esteio eleitoral de um grupo do Partido Conservador, que acreditava na negociação política do fim da escravidão. Conhecido como Grupo do Visconde do Rio Branco, seus integrantes promoveram a Lei do Ventre Livre e, depois, a Lei Áurea. Nesse contexto de apoio eleitoral, os capoeiras atacavam os membros do Partido Liberal e do Partido Republicano, garantindo a vitória dos conservadores nas urnas. “Não era o capanguismo clássico do meio rural, havia uma troca de favores”, diz Soares, que manteve em “A capoeira escrava” a mesma linha investigativa e de rigor na pesquisa de seu primeiro livro. A seguir, trechos da entrevista concedida pelo historiador. Jornal da Unicamp – O que levou o senhor a voltar à primeira metade do século 19, depois de abordar um período posterior em seu primeiro livro? Carlos Soares – Há todo um debate envolvendo a origem da capoeira, de onde ela veio etc. Fala-se muita bobagem, muita asneira. Como a capoeira do século 19 passou por um período fortemente escravista, com uma população africana muito grande, meu objetivo era palmilhar essa coisa da origem. Mas sabendo que a origem não está no século 19, e sim no século 18. Está nos primórdios da sociedade urbana. A capoeira é um fenômeno urbano, que anuncia uma leitura de negros africanos e crioulos para o mundo urbano colonial. P – O senhor poderia precisar quando a capoeira surgiu? R – Você tem, a partir do início do século 18, a formação de uma sociedade urbana colonial pela primeira vez, em Minas e no Rio de Janeiro. A grande cidade do ciclo do ouro era o Rio de Janeiro, para onde convergiam todas as remessas de ouro que iam para a corte. A cidade cresceu muito, tanto que virou capital da colônia. Houve ali uma espécie de revolução urbana durante o século 18, que com certeza trouxe os africanos, já que até 1700 a população escrava no Rio era quase toda indígena. P - O senhor cita, em seu livro, a união entre grupos diferentes de capoeiras. Como vê a chamada organização de rua dentro desse contexto? R – De um lado você tinha africanos vindos de um ponto distante do continente e que não se conheciam originalmente. Eles estavam num ambiente novo, tenso, de concentração, porque a cidade colonial era pequena, mas concentrava uma população densa. Os africanos traziam bagagens culturais diferentes, mas alguns elementos eram mais ou menos articuláveis, a língua, por exemplo. Acredito que também a dança foi importante, já que os povos se articularam nesse sentido. A capoeira, então, era uma forma de união desses diversos grupos. Agora, é importante colocar que o termo capoeira foi dado pela ordem policial. Eles eram identificados assim. Isso cria um problema, já que de certa forma você tem uma identificação grupal que não parte do grupo, mas sim do seu rival. P – E como eles chamavam a dança? R – Os termos da documentação são o “jogo do capoeira”. Agora, da dança é o seguinte: todos esses povos trazem uma bagagem cultural com diversas danças e artes marciais. Eu estive em Angola pesquisando em 1995 e, no Museu Etnográfico de Luanda, pude perceber que essas danças, por mais diferentes, tinham um ponto comum. Possivelmente essas semelhanças fossem articuladas na América. Quer dizer: capoeira, na minha hipótese, nasceu na América. Ela não nasceu na África. Ela foi formada com elementos africanos e articulada de forma inédita no território escravista. P – Como as nações étnicas se relacionavam com a capoeira? R – Eles criaram uma coisa nova em cima de elementos já tradicionais. Foram muitos os elementos. A capoeira nunca foi uma prática de um grupo ou nação determinada. Ela sempre foi um pólo de união de diversos grupos. É um espaço mais ou menos aberto. Você tem os grupos com diversas origens: os benguelas, os cabindas. Isso aponta que ela era um ponto de união de grupos diferenciados, e não uma coisa étnica, determinada. Ela foi transformada pelas interações africanas. P – Muitos estudiosos relacionavam a capoeira aos meios de resistência dos escravos no mundo rural. Como se originou essa teoria? R – No início do século 20, sobretudo na Semana de Arte Moderna, quando há uma tentativa de se resgatar a história do negro, não mais como inferior e perigoso, mas como pertencente à nacionalidade, nasce também o estereótipo da resistência. Isso era novo para a época. E nesse mito da resistência, o principal era o quilombo, numa visão até idílica. Tornou-se até mais idílica depois. Estudiosos estavam naquela época presos ao modelo da escravidão rural – que durou mais tempo e que, por isso, seria o modelo principal –, a escravidão agrária, da senzala, onde estava a maioria quando houve a Abolição. P – E a escravidão urbana? R – Estava um pouco esquecida. Aí colocaram a capoeira dentro desse modelo da escravidão rural, que plasmou mesmo a memória da Abolição, com a fazenda, a senzala, o cafezal e tudo o mais. Então se criou uma versão da história da capoeira no século 20 ligada ao quilombo, à história da resistência. Fora isso, o movimento negro pegou esses elementos também e os trabalhou meio que embolados. Durante muitos anos foi passada essa coisa de que a capoeira era não sei o quê do quilombo, que era uma espécie de panacéia para todos os elementos da cultura negra. As fontes de época, tanto na primeira como na segunda metade, são muito claras: a capoeira é urbana. Aliás, cheguei nela através da escravidão urbana. Quando comecei a pesquisar, antes mesmo de entrar no mestrado, meu objetivo era mostrar a escravidão urbana. Em geral, a nossa academia está muito presa a esse modelo do quilombo, da questão rural. E há poucos trabalhos sobre escravidão urbana. P – Nesse contexto, a capoeira passa também a ser um elemento de resistência? R – A capoeira é uma resposta de escravos urbanos a um novo ambiente. O quilombo é importante, mas não se misturava muito. Havia uma visão idílica de que o capoeira queria fugir para o quilombo, distante, nas montanhas. E ali que se criava um reino isolado. Os escravos do quilombo têm contato com os escravos da senzala; então, não é uma coisa isolada. Muito menos a fuga é uma coisa da liberdade, abstrata. O capoeira não é um escravo que vai fugir. Ele vive dentro do ambiente urbano e tem ganhos dentro desse ambiente. Existem casos, lógico, ligados à fuga, mas em geral isso é raro, porque, invariavelmente, é uma forma de luta adaptada a esse meio urbano. P – Como os capoeiras transitavam nesse meio urbano? R – A cidade colonial era repleta de becos, de vielas, de ruas estreitas, uma cidade congestionada. Uma cidade de pequenas fachadas e grandes quintais, com toda uma ordenação labiríntica. A capoeira é uma forma de luta adaptada a esse ambiente. O objetivo não é destruir o inimigo, mas sim possibilitar que ele fuja daquela cena em que foi agredido. É uma forma de defesa. P – De certa forma, eles se prevaleciam da topografia da cidade? R – Esse mundo urbano era um mundo violento. Sendo assim, era preciso dominar uma forma de luta para se manter nele. O escravo não era só atacado por policiais brancos, mas sim por outros escravos também. Para usufruir as regalias da cidade, ele precisava de uma forma de defesa. Quando um senhor colocava um escravo na rua – como artesão ou até para buscar água –, esse africano tinha que ser safo, tinha que se livrar, ser esperto, se não ele era roubado facilmente. E aí o senhor perdia mercadoria. O próprio senhor estimulava o escravo a se defender. A capoeira não era uma coisa contra o senhoriato. Era uma forma até de maximizar os lucros, já que o capoeira era um escravo que se defendia. P – Como se estabeleciam as relações entre polícia e senhores? R – Os senhores reclamavam das prisões porque, bem ou mal, os escravos geravam lucros. Havia fuga é lógico, mas dentro da cidade. Ele sabia que se chegasse na casa senhorial sem o pagamento, seria castigado. Ele fugia então para conseguir o dinheiro. Fugia também por causa de mulher, festa etc. Os escravos tinham muitas relações fora da escravidão. Eles tinham a figura do padrinho, em geral outro homem branco, que empenhava a palavra para o senhor em caso de fuga, intermediando a volta do escravo, conseguindo a garantia de que não seria castigado. Eles se relacionavam com libertos, com escravos, com ciganos, com todo o mundo. P – Como a classe dominante se relacionava com os capoeiras? R – O que havia era o triângulo da desordem. Os interesses do Estado eram uns; da elite proprietária, eram outros. A elite queria que os escravos trouxessem dinheiro para ela. O que eles fizessem na rua era outro problema, não interessava, a não ser que fosse muito grave. Já a elite do Estado tinha uma outra visão. Queria evitar que esse escravo na rua trouxesse confusão, criasse conflito, que desordenasse o ambiente urbano. Os interesses da elite do Estado não batiam com os interesses particulares. Havia um conflito, só resolvido em 1850, mais ou menos. A partir desse momento, o Estado toma pé da situação. Até a metade do século 19, era um conflito porque os próprios senhores iam à Justiça para garantir a impunidade dos seus escravos. Você tendo escravos presos, perde a renda. Era muito comum viver da renda dos escravos. Preso, o escravo não ficava apenas sem sua subsistência. Era um escravo que retirava também a subsistência senhorial. Havia muitos conflitos do Estado com os particulares. Era um jogo percebido pelos escravos. Nossos intelectuais não perceberam isso. Eles criaram um mito de que os senhores sempre se uniram contra os escravos. Não é verdade, eram interesses diferenciados. O policial não era um feitor. O feitor dependia diretamente da ordem do proprietário, ele trabalhava sob o controle estrito do proprietário. A polícia, não. Ela estava a serviço do Estado. P – Qual era, basicamente, a atividade econômica desses senhores? R – Muitos dos senhores eram comerciantes, alguns inclusive tinham cargos dentro do próprio Estado, como pequenos funcionários. Eram sinecuras, recebiam sem trabalhar. Eles tinham seus escravos como fonte de renda; era uma escravidão monetarizada, muito diferente da rural. O escravo urbano trabalhava com dinheiro, tinha o valor do dinheiro. Uma parte, ele entregava ao senhor e outra ele usava. Ele comprava, era consumidor. Havia uma idéia estúpida no século 20 de que a Inglaterra aboliu a escravidão para transformar o escravo em consumidor. É uma asneira. Ele era um consumidor em potencial. Ele estava dentro de uma sociedade mercantilizada, e percebia esse valor. P – Até que ponto essa nova ordem urbana contaminou o ambiente rural? R – Existe muita relação. No meu primeiro trabalho, desenvolvi uma idéia meio separada, de que a escravidão urbana e a rural eram mundos mais ou menos separados. Mais ou menos, porque na minha tese de mestrado uso material do meio rural como fuga. No doutorado, eu amplio essa relação, que é maior ainda. Agora, elas são muito diferenciadas. A lógica política do escravo rural não é a mesma do escravo urbano. Comunidade no meio rural era muito mais densa, numerosa. Essas comunidades nas senzalas eram numerosas e, apesar do contato entre si, em geral há muitos contatos internos, a maior parte das relações se tecia dentro da comunidade. P – Mas existia capoeira no meio rural? R – A informação que tenho da capoeira no mundo rural é de 1850/60. Como explico isso? A partir de 1850, com o fim do tráfico no Atlântico, muitos escravos urbanos são levados para o meio rural. Não é fluxo-refluxo. Eles saem da cidade para o meio rural. Esses africanos levam os valores do meio urbano para o meio rural. As informações que tenho, meio fragmentadas, são relativas a essa década de 60, daí em diante. Na década de 50, apesar das relações entre si, as lutas do meio rural e urbano tinham lógica e estratégias próprias. P – No meio urbano, as idéias circulavam mais? R – Você tinha uma cultura escrava urbana mais cosmopolita, que recebia influências de outros países. Você tinha marinheiros, jornais circulando. O escravo urbano estava mais aberto a influên-cias externas, a grupos intermediários. Ele conversava com viajantes, tinha uma rede de relações mais ampla, estava mais ligado ao panorama internacional da escravidão. P – Como o Estado via essa possibilidade de mudança? R – O Estado colonial chegou aqui com grande força no século 18, mas chega com mais força ainda no século 19, em 1808. Quer dizer, o Rio vira uma corte portuguesa. Com isso, você tem um aparato estatal militar muito grande, que deu uma segurança para que não houvesse uma rebelião. Impediu, até, uma grande rebelião no Rio como houve em Salvador. Mas, ao mesmo tempo, os interesses desse Estado não são os interesses dos particulares. Há um status quo, um modus vivendi entre escravos e senhores do século 18, que é um pouco perturbado por esse novo Estado. Ele quer evitar que o escravo possa sair à noite, jogar capoeira, uma série de atividades que os senhores autorizavam. É o chamado direito costumeiro, que tem uma margem: olha, eu quero que você faça isso como escravo, mas em compensação você vai ter uma série de regalias; você pode ter isso, jogar sua capoeira etc. Nisso, a capoeira entra como elemento desse modus vivendi. Havia uma complacência senhorial. Existia um acordo entre escravos urbanos e senhores no século 18. P – E o Estado interfere nesse processo? R – O Estado chega e atrapalha esse acordo. Cria um conflito entre três grupos: os escravos, os particulares e o Estado. A partir de 1840, por exemplo, você tem a chegada ao poder de Dom Pedro II, que gera uma expectativa de esperança e renovação. Há um certo investimento dos escravos sobre ele: é um cara novo, é um cara desligado das elites portuguesas, um brasileiro... Um investimento que dá frutos a partir de 1857, quando ele comuta todas as penas de morte de escravos e a prisão perpétua. Isso é lido como uma posição do imperador a favor dos escravos e contra os senhores; contra o próprio Estado, que criou a pena de morte. Então há uma leitura política. Os escravos lêem politicamente, não são incapazes de pensar. Até há uma estratégia de apoiar grupos menos conservadores. P – Em seu livro, o senhor relata casos de corrupção nas relações entre a polícia e os senhores/escravos. Isso era novo à época? R – Você mais ou menos tem um mundo urbano já monetarizado. Mas o Estado chegou tarde no Brasil colonial. A lógica das relações de poder sempre foi, no Brasil colonial, a lógica paternalista, de favor, do patriarcalismo, do apadrinhamento. Então tudo isso é coisa tradicional no Brasil, não é uma visão de cidadania. É uma relação muito pessoal. Isso é do meio rural e das raízes da nossa sociedade. Quando falamos hoje de Estado, parece uma coisa abstrata. Na época não era, o Estado era o rei, era propriedade do rei. Os escravos não são propriedade do Estado, mas do imperador. Tanto que tem até um caso no livro em que escravos do governo mandam um manifesto ao imperador reclamando contra maus-tratos no Arsenal de Marinha. Então o que eles vêem: que não são propriedade do Estado, mas sim do imperador. Quando eles foram maltratados, o imperador não sabia; então eles mandam um aviso. Na época não havia uma divisão, e a sociedade brasileira é tradicionalmente patrimonialista. A polícia, nesse cenário, é o novo. Não que não houvesse formas de controle social antes, mas a polícia é um corpo militar no meio urbano com uma função específica de controle na ordem da cidade. É um grupo profissional. O que havia antes eram soldados do exército, pessoas civis, que andavam armados nas ruas, mais ou menos exercendo a função de polícia. Só que é diferente de uma função que já nasceu como polícia, em 1809. É uma instituição nova chegando ao Brasil, mas desvinculada desses interesses particulares. Antigamente os particulares faziam sua segurança. P – Os historiadores divergem sobre a origem do termo capoeira. O que o senhor pesquisou a respeito? R – Passei quatro anos pesquisando. Fui a Angola e Portugal (um mês em cada). Utilizei fontes dos dois países, principalmente em Portugal, que foi mais fácil. Lá trabalhei no Arquivo Ultramarino de Lisboa e encontrei evidências de escravos portando facas, andando em grupos à noite, toda a descrição do capoeira, mas não o termo capoeira. O fenômeno capoeira foi muito anterior à palavra, que não é africana, mas luso-indígena. Possivelmente foi um vernáculo que não foi criado pelos africanos, mas pelos portugueses, a partir da experiência colonial. Para a cidade, ela está ligada mais ao cesto; tem o termo rural também. De certa forma, a polícia pegou esse termo, que tem origem no cesto de palha. P – A capoeira é hoje um esporte muito difundido e praticado no Brasil. Como o senhor vê esse fenômeno? R – A capoeira é uma marca da nacionalidade. Nasceu nos grandes centros – como Rio e Salvador – e se espalhou como símbolo de uma identidade. Nossa elite é muito aberta a influências estrangeiras. Nessa sociedade que é muito capilar, a capoeira serve como traço de identidade que está saindo e ganhando o mundo. Ela inverte o quadrante, cria uma espécie de auto-estima, afaga nosso ego. P – Como essa capoeira poderia ser classificada? R – Trata-se de uma capoeira esportivizada, transformada em apresentação. Não é mais luta marcial, mas arte marcial, transformada em ginástica. Ela sofreu muitas influências, mudou seus fins, mas manteve seus meios. Suas músicas, por exemplo, demonstram uma coisa do cotidiano, da forte presença católica, da afirmação. Manteve seu padrão social de baixa renda e uma certa identidade de cor, que foi um pouco alterada na segunda metade do século 19, mas que voltou no século 20. Ela é também uma espécie de canal com nosso passado; em geral, o Brasil é um país sem memória. Ela tem uma memória gestual, é uma coisa muito lúdica. Não é um campo muito intelectualizado, por mais que se fale sobre ela e ela seduza os intelectuais. Acabou se tornando um elo com nossa raiz escrava, crioula e africana. E um elemento de afirmação de identidades negra e nacional, que estão conjugadas, o que não é muito comum. P – O senhor vê alguma relação entre a repressão de hoje nas periferias das grandes cidades e aquela da qual os capoeiras eram vítimas? R – Você tem uma leitura de controle desse meio urbano que se assemelha. Por exemplo, os grupos de traficantes que dominam parte dos morros cariocas. Ao contrário do que muita gente fala, a favela não está ligada ao quilombo, como se pensa. Ela está ligada a uma leitura urbana, um recorte urbano que vem do século 19. Está ligada ao beco da viela; não tinha beco e viela no quilombo. A favela nasce quando os indivíduos são expulsos desse meio urbano por causa das reformas do século 20 e vão morar nas áreas que escaparam disso, que no caso são os morros. Mas eles trazem do meio urbano toda uma vivência. A favela de hoje repete cenários urbanos do século 19. Ela tem uma topografia e um desenho urbanístico que se aproximam muito mais da cidade colonial do que a gente pensa. Tem essa coisa labiríntica, da experiência comunitária, que vivia no subterrâneo, vivia escondida do mundo repressor. Os cenários mudaram, mas não muito. Nagôs podem ser Comando Vermelho, Terceiro Comando e por aí vai. Eles disputavam o domínio urbano, contra a polícia. Isso foi uma tradição que foi seguida, não surgiu agora. P – E no caso da resistência cultural? A periferia de São Paulo produz, por exemplo, manifestações populares que são reprimidas, como é o caso do movimento hip hop. Como o senhor vê isso? R – A sociedade brasileira se moderniza, mas a exclusão continua. A lei é igual para todos, mas na prática quem enche as cadeias são pessoas de origem pobre e de origem negra. A modernização não conseguiu superar as mazelas fundamentais dessa sociedade. Então, a exclusão utiliza um novo ambiente para se manifestar. O que acontece é que o campo da desigualdade é internacional. Nos EUA, também, teoricamente, todos são iguais... Mas não é assim. A maioria negra é excluída, sempre foi assim, e vai piorar com os republicanos. A coisa do nacionalismo para esses movimentos negros, como no passado, não interessa muito. Esse escravo africano não estava muito interessado em defender sua pátria, na medida em que a pátria o colocava de joelhos. No século 19, os escravos se relacionavam com os de outras regiões da América, por exemplo. Havia toda uma tendência, os interesses eram os mesmos, o discurso nacionalista não criava solução para nada, não dava possibilidade, era um discurso conservador. Em nível de América, de Hemisfério Ocidental, você tem mesmo uma questão de exclusão racial e social mais ou menos coligada. O hip hop é um pouco aquilo: se incomoda meu opressor, deve ser bom para mim também. É uma espécie de aliança tácita nesse sentido. A coisa é criada um pouco nos opostos. Quer dizer: do que nossa elite branca gosta? Ela gosta de música suave, do erudito, então você carrega nos opostos. É uma manifestação de classe, de afirmação racial, é um jogo de espelhos: se você me oprime, a minha identidade não pode ser igual a sua. A democracia até facilita isso. Esses grupos urbanos estão querendo uma identidade própria, mas eles não têm acesso à identidade ancestral, a não ser a religião. O jovem é um pouco deslocado, inclusive na religião, que é muito hierárquica. Nesse cenário, o campo internacional se torna o campo da identidade. Como resposta a essa pressão, eles traçam uma identidade reacional. Tem um sentido político em relação a isso. A tendência é ele se aprofundar cada vez mais, buscar suas contradições. P – Com isso, a repressão é perpetuada... R – O que você tem é a modernização conservadora, o que não significa uma mudança fundamental das condições de vida. O que acontece é que essa energia dos jovens, essa coisa da busca de afirmação, bate de frente com essa coisa da polícia já ter nascido com objetivo racial. Quando a polícia nasceu, ela já tinha isso no estatuto: controlar a massa escrava. A polícia não foi criada no Brasil para o bem-estar público, mas sim para garantir os interesses do Estado. O regime militar piorou ainda mais isso. A polícia está aí para garantir a ordem, não a manutenção da segurança. Ela está mudando lentamente por causa da democracia. As comunidades pobres são vistas como potenciais perigosas. E o jovem é visto como o mais perigoso de todos. Ele é o cliente primário da ordem policial. disponível em : http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/out2001/unihoje_ju167pag22.html fonte: Jornal da Unicamp

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

1o TORNEIO DE FUTSAL E.E JORGE FERREIRA 2011


I TORNEIO DE FUTSAL DA E.E JORGE FERREIRA

BOM DIA A TODOS!

CAROS ALUNOS SEGUE A TABELA DOS JOGOS DA PRIMEIRA FASE ENTRE OS 5o ANOS,LEMBRANDO QUE O TORNEIO SERÁ DISPUTADO POR ELIMINATÓRIA SIMPLES.

O SORTEIO REALIZADO NO DIA 05 DE DEZEMBRO DE 2011 ,PRESENTES AS PROFESSORAS JOYCE ,LUCIANA,ANA MARIA ,MARILDA E DALVA.

PRIMEIRA FASE

JOGO1 4o ano D x 5o ano C

JOGO 2 5o ano F x 5o ano B

JOGO 3 5o ano D x 5o ano E

JOGO 4 5o ano A x 5o ano G

PROGRAMAÇÃO

12 DE DEZEMBRO ABERTURA E JOGOS 1,2,3 E 4
13 DE DEZEMBRO JOGOS 5,6,7 E 8
14 DE DEZEMBRO JOGOS 9 DISPUTA 3 O LUGAR , JOGO 10 FINAL E CERIMONIA DE PREMIAÇÃO E ENCERRAMENTO.

LEIAM ATENTAMENTE O REGULAMENTO DO TORNEIO.

BOA SORTE !
PROFESSOR: CLÁUDIO


sábado, 3 de dezembro de 2011

MEU MESTRE É BAMBA


MESTRE MAGOO




Meu nome é Marcelo de Souza Silva, sou paulistano, nasci em 29 de dezembro de 1968. Comecei na capoeira em 14 de julho de 1984, numa tarde de sábado na Associação de Capoeira Angolinha do Mestre Carapau.
Neste dia a academia estava vazia, pois os alunos e formados estavam em uma apresentação e o Mestre pediu para um estagiário, o Onça, fazer um aquecimento comigo. Em seguida o Mestre liberou o Onça para a apresentação e me ensinou a ginga, a benção, a armada-de-frente, a resistência e em dupla me ensinou como usá-los. Mas uma das coisas que mais me marcaram dessa aula foi que enquanto me mostrava onde deixar meus pertences no vestiário, disse que eu poderia deixar qualquer coisa lá porque ninguém iria mexer, pois se um dia entrasse alguma pessoa de má índole na academia, ela não iria se sentir à vontade em nosso ambiente e logo se retiraria.
Respeito ao próximo, aos mais velhos e à hierarquia da capoeira; disciplina nos treinos e na vida pessoal; dedicação à capoeira e nossa cultura, foram e sempre serão alguns dos inúmeros ensinamentos do nosso Mestre, e são os ingredientes que formam esse famoso ambiente de sua academia, que também me acolheu e que hoje procuro manter, ensinando para os alunos nessa mesma academia.
Me formei em 1995 e permaneci com meu Mestre na academia auxiliando nas aulas, e em janeiro de 1996, por indicação dele, iniciei minha primeira turma de capoeira na Academia Sasaki, no bairro Assunção, em São Bernardo do Campo. Embora estivesse dentro de uma academia poliesportiva nomeei meu trabalho de Capoeira Luz de Angolinha . Iniciei uma nova turma da Luz de Angolinha na academia Dellaunay em São Paulo , na Vila Clementino em 1999.
No início de 2001 o Monitor Chevette, meu irmão de capoeira que assumiu as aulas do Rudge Ramos em 2000, me procurou na Sasaki dizendo que precisaria deixar a academia, por motivos profissionais e que o Mestre Carapau havia consentido que, se eu pudesse tocar a academia ele a manteria aberta, caso contrário fecharia e levaria suas coisas para a sede do Grupo Angolinha.
Assim em 5 de março de 2001 assumi a academia Rudge Ramos e mais do que uma missão, posso dizer que foi um presente e um sonho que nunca ousei sonhar. Em novembro do mesmo ano, no primeiro batizado que realizei na academia, fui “batizado” pelo Mestre Carapau e recebi de suas mãos meu cordão de contra-mestre.
Muitos dos alunos do mestre que conviveram comigo, na época de estagiário ainda, me acolheram e acreditaram no meu trabalho e assim formei em 2005 meu primeiro formado , o Cascavel. Em 2007 realizamos um evento de formatura, onde formei o Kalango, o Cebolão, o Leopardo, o Juca e o Cruvinel. Fizemos uma grande apresentação no Salão Nobre da Universidade Metodista, lançamos o primeiro CD entitulado Capoeira Angolinha Rudge Ramos vol.1 e fui graduado como mestre.
Em 2008 o Estagiário Ligeiro se formou pelo Grupo e me “adotou” como mestre dele e por sua determinação e lealdade o considero como meu formado também.
Em 2009 tive o privilégio de formar a filha do Mestre Carapau, a Estrela, que a exemplo de outros formados e estagiários, continua na academia treinando e me auxiliando nas aulas e apresentações.
Desde minha formatura participei nas aulas de formado, tentando auxiliar nos trabalhos do grupo e o presidente na época, o Mestre Carlão, me nomeou assistente social, depois 2º secretário, vice-presidente e em 2002 me elegi presidente sendo reeleito em 2006, seguindo no mandato até 2010. Hoje estou como diretor de esportes do grupo.
O Mestre Carapau sempre valorizava o mestre dele, lembrava do Sr. Mello com carinho, respeito e admiração. Parece mesmo que quando você faz uma coisa boa para alguém essa coisa boa volta para você. Ele fazia questão de valorizar o trabalho de quem o havia ensinado e eu aprendi com o exemplo dele a dar valor e a respeitar meu mestre.
Hoje, capoeiras dizem por aí que seguem os ensinamentos do Bimba ou do Pastinha, que sem dúvida foram grandes mestres de todos nós. Eu digo com orgulho que sigo o Mestre Carapau. Eu acredito que no futuro haverá muito mais pessoas contando a história dele. Vão se referir a ele como um símbolo da capoeira das décadas de 70 a 90, em São Paulo. Isso é minha motivação para dar continuidade ao trabalho dele na academia, no Grupo Angolinha e por todos os cantos que esse universo da capoeira me leve.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

II simpósio de capoeira de são bernardo do campo

II SIMPÓSIO DE CAPOEIRA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO

OCORREU NOS DIAS 25,26 E 27 DE NOVEMBRO O II SIMPÓSIO DE CAPOEIRA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO,COM A PRESENÇA DE DIVERSOS PRATICANTES DE CAPOEIRA,MESTRES E PROFESSORES,PARABÉNS A SECRETARIA DE CULTURA DA CIDADE DE SÃO BERNARDO PELA INICIATIVA, AOS DIVERSOS PROFISSIONAIS MESTRES DE CAPOEIRA DO NOSSO MUNICÍPIO PELA ORGANIZAÇÃO DO EVENTO.
APROVEITO PARA PARABENIZAR A FORMADA ESTRELA DO GRUPO ANGOLINHA PELA PARTICIPAÇÃO E PREMIAÇÃO EM SEGUNDO LUGAR NO CONCURSO DE LADAINHAS.
SEGUE FOTOS DA PALESTRA DO MESTRE GLADSON.



sexta-feira, 25 de novembro de 2011

JOGOS AMISTOSOS 5 ANOS RESULTADOS

JOGOS AMISTOSOS FUTSAL RESULTADOS


Caros alunos,A participação nos jogos amistosos é de extrema importância para a preparação das equipes em diversos aspectos,aprimora a parte técnica e possibilita as mudanças necessárias no quesito tático, além de reduzir a ansiedade comum em momentos de competição.
Não podemos esquecer que competir é importante e vencer é para apenas uma ou outra equipe,assim espero que nossos jogos ,sejam momentos de troca de experiencias, e que todos possamos crescer com este evento,sucesso e paz a todos estudem e treinem.

O sorteio dos jogos entre as equipes dos 4o anos foi realizado pelo aluno "SANDRINHO" ( 5 ANO E )com a presença das professores das turmas participantes.

4o C X 4o D jogo dia 25 de novembro de 2011 9 hrs

4o A x 4o B jogo dia 28 de novembro de 2011 9 hrs


AMISTOSO ENTRE 5 ANOS

5O G X 5o D

VITORIA 5 ANO G 6 a 3

artilheiros(as)

5ano g

angelo 2 gols
brenda 1
antonio 1
Tallisson 1
mateus 1

5 ano d

cristiam 2
vinicios 1

jogo realizado dia 24 de novembro de 2011

Por: Prof. Cláudio

Regulamento torneio futsal escolar

I TORNEIO INTER-CLASSES DE FUTSAL DA E.E JORGE FERREIRA 2011

REGULAMENTO

TÍTULO I - DAS FINALIDADES

Art. 1º – A finalidade do I torneio inter-classes de futsal da E.E Jorge Ferreira é incentivar a prática do desporto escolar competitivo e através dele o gosto pelo esporte, contribuído para o desenvolvimento físico e emocional da criança, potencializando um ambiente social próprio entre os alunos, estimulando o desenvolvimento motor, cognitivo concentração, criatividade e construção de atitudes de cooperação, lealdade respeito e participação solidária entre os participantes.
TÍTULO II - DA ORGANIZAÇÃO E EXECUÇÃO
Art. 2º - O I torneio inter-classes de futsal é um evento promovido pela E.E Jorge Ferreira e organizado pelo corpo docente e demais funcionários da unidade escolar.
Parágrafo Único: Todos os participantes, alunos, dirigentes, professores estarão submetidos às normas e determinações técnicas e disciplinares deste regulamento.

TÍTULO III - PERÍODO DE REALIZAÇÃO

Art. 3º - O I torneio Inter-Classes de handebol será realizado entre os dias 25 a 30 de novembro de 2011 para os 4o anos e entre 12 e 16 de dezembro para os 5o anos.

TÍTULO IV - DA PARTICIPAÇÃO.

Art. 4º - Somente poderão participar do I torneio inter-classes de handebol, os alunos da referida unidade escolar, estudantes do período da manhã, 4º e 5o anos que não tenham nenhum impedimento de ordem disciplinar e com a autorização para pratica de Educação física assinada, em dia com suas obrigações escolares e que não estejam com conceitos vermelhos nos bimestres anteriores na disciplina Educação física.

Parágrafo Único: Cada classe ou turma poderá inscrever 10 atletas selecionados pelo técnico da equipe dentre os alunos matriculados na referida turma,sendo 5 (cinco) atletas titulares e 5 (cinco) reservas, a equipe titular deverá possuir pelo menos duas atletas do sexo feminino, entre os atletas reservas deverá possuir pelo menos 2 atletas do sexo feminino.A Comissão técnica será formada por no máximo 3 (três) componentes, um técnico, um auxiliar técnico e um secretario.

Art. 5º - Somente poderão participar do I torneio de futsal, alunos regularmente matriculados na escola E.E Jorge Ferreira que estejam freqüentando, presencialmente, curso regular de Ensino fundamental no período da manhã.

Art. 6º - Para identificação dos alunos o técnico da equipe deverá entregar para o comitê de organização a lista contendo o nome da equipe o grito de guerra por escrito, o número da chamada seguido do nome completo e idade dos atletas, devera indicar também na frente ao nome em parênteses a função de goleiro titular, goleiro reserva e capitão da equipe, deverá indicar também um tópico com os nomes da equipe técnica.

Parágrafo único: Poderá participar do I torneio de futsal o aluno que estiver em condições de saúde, apto para a prática esportiva e de atividade física e devidamente comprovado por autorização para a prática de Educação física escolar.

TÍTULO V - DAS INSCRIÇÕES

Art. 7º - Será considerado escrito o aluno que constar na lista descrita no artigo anterior.


TÍTULO VI - DA SOLENIDADE DE ABERTURA

Art. 8º - A Solenidade de Abertura do I torneio de handebol será no pátio da escola com data a definir. Será obrigatória a presença de todas as equipes participantes, devidamente uniformizadas.

TÍTULO VII – DA FAIXA ETÁRIA

Art. 9º - alunos que tenham entre 08 a 12 anos de idade.

TÍTULO VIII - DO MATERIAL ESPORTIVO E UNIFORME

Art. 10º - As equipes deverão apresentar-se para as competições com uniformes ou roupas próprias para a pratica de educação física, camiseta, shorts e tênis, eventualmente devido a falta de padronização nas cores das camisetas, será fornecido colete colorido de acordo com a disponibilidade da escola.

Parágrafo Único: o goleiro deve usar calça.
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TÍTULO IX – SORTEIO DE CHAVES E SISTEMA DE DISPUTA

Art. 11º - A disputa será por ELIMINATÓRIA SIMPLES para efeito de classificação e nas disputas de terceiros e quarto lugares as chaves serão feitas por sorteio, nas primeiras fases os jogos serão apenas entre anos e séries iguais (quarto ano contra quarto ano) e (quarta série contra quarta série) em grupos diferentes. Durante as disputas serão obedecidas as Regras adaptadas e previamente treinadas e todo o disposto nos demais artigos deste Regulamento Geral e decisões do Comitê Organizador.

Parágrafo primeiro: é obrigatória a participação de no mínimo 2 (três) atletas do sexo feminino em cada equipe durante o jogo.
Parágrafo Segundo: O campeão da disputa entre os 4º anos ganhará uma vaga para participar das eliminatórias entre os 4ª séries, podendo se sagrar campeão geral da disputa,participando das 2 premiações.

Art. 12º - O tempo de jogo será de 30 minutos, divididos em 2 tempos de 15 minutos com 1 intervalos de 5 minutos para hidratação, descanso e orientação técnica.
Parágrafo único: em caso de empate no tempo normal, a disputa será definida por 5 (cinco) tiros livres para cada equipe,será considerada vencedora a equipe que marcar o maior numero de tentos,se persistir o resultado as cobranças continuam de forma intercalada.

TÍTULO X – DA ARBITRAGEM

Art. 13 º - As disputas serão arbitradas pelo professor de educação física ou estagiário de educação física convidado para este fim.

TÍTULO XI - DAS PENALIDADES

Art. 14 º - Serão aplicadas as seguintes penas disciplinares durante as partidas.

1. Cartão amarelo (advertência por falta coletiva)
2. Cartão azul (exclusão por 2 minutos)
3. Cartão vermelho (expulsão)

Art.15 A punição com cartão vermelho é a maior penalidade em que esta sujeito o atleta sendo impedido de continuar no jogo e ficando suspenso para a próxima partida da equipe, e será aplicado quando o atleta:

a) Prejudicar o bom andamento da competição;
b) Promover desordens durante as disputas - nos locais onde os mesmos estão sendo realizados, assim como nas proximidades;
c) Incentivar nos atletas o desrespeito às autoridades;
d) Estimular a prática da violência entre os atletas;
e) Proferir palavras ou fazer gestos ofensivos à moral;
f) Atirar objetos nos locais das disputas;
g) Invadir os locais das disputas;
h) Participar de atos de agressão mútua;
i) Faltar com o respeito às autoridades ou dirigentes da competição;
j) Tentar ou agredir os árbitros, demais autoridades e adversários;
l) Depredar as instalações ou locais das disputas.

Parágrafo único – É critério exclusivo do Comitê Organizador, eliminar toda a equipe ou apenas pessoas de responsabilidade definida, visando preservar a disciplina e o espírito amistoso da Competição.

TÍTULO XII - DAS PREMIAÇÕES

Art. 16º - Os atletas de cada equipe em primeiro, segundo e terceiro lugares serão contemplados com medalhas.
Parágrafo Único: Serão premiados os 3 primeiros colocados, classificados nos seus respectivos anos ou séries.


TÍTULO XIII - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 17 º - Deverão ser consideradas válidas somente as informações contidas neste Regulamento Geral .


Art. 18 º - O Diretor da unidade escolar será a autoridade máxima do I torneio inter-classes de futsal da E.E Jorge Ferreira , durante as disputas, tendo poder para transferir ou suspender as disputas e tomar as possíveis providências cabíveis para o bom andamento da competição.

Art. 19º - Qualquer disputa poderá ser suspensa ou transferida por motivos imperiosos, sendo que caberá ao Comitê Organizador estipular a nova programação.


Art. 20º - Os casos omissos neste regulamento serão resolvidos pelo Comitê Organizador do I torneio inter-classes de futsal da E.E Jorge Ferreira 2011.

por: Prof.Cláudio

HISTÓRIA DE FUTSAL RESUMO


História do futsal no Brasil. Origem e o Histórico do futsal


A Origem do futsal tem duas versões sobre o seu surgimento, como em outros esportes, há divergências quanto a sua invenção. Há uma versão que diz que o Futebol de Salão começou a ser jogado no Brasil por volta de 1940 por freqüentadores da Associação Cristã de Moços, em São Paulo, pois havia uma grande dificuldade em encontrar campos de futebol livres para poderem jogar e então começaram a jogar suas "peladas" nas quadras de basquete e hóquei. No inicio jogavam-se com cinco, seis ou sete jogadores em cada equipe mas logo definiram o número de cinco jogadores para cada equipe.

As bolas usadas eram de serragem, crina vegetal ou de cortiça granulada mas apresentavam o problema de saltarem muito e freqüentemente saiam da quadra de jogo. Então tiveram seu tamanho diminuído e seu peso aumentado. Por este fato o Futebol de Salão passou a ser chamado de "O Esporte da Bola Pesada".

Temos também a versão que nós, gaúchos, amantes deste esporte damos como a mais provável, o Futebol de Salão foi inventado em 1931 na Associação Cristã de Moços de Montevidéu/Uruguai, pelo professor Juan Carlos Ceriani, que chamou este novo esporte de "Indoor-Foot-Ball".

Destaca-se em São Paulo o nome de Habib Maphuz, que muito trabalhou nos primórdios do Futebol de Salão no Brasil. O professor da ACM de São Paulo, Habib Maphuz no inicio dos anos cinqüenta participou da elaboração das normas para a prática de várias modalidades esportivas, sendo uma delas o futebol jogado em quadras, tudo isto no âmbito interno da ACM Paulista.

Este mesmo salonista fundou a 1ª Liga de Futebol de Salão, a Liga de Futebol de Salão da Associação Cristã de Moços e após foi o 1º presidente da Federação Paulista de Futebol de Salão. Foi colaborador de Luiz Gonzaga de Oliveira Fernandes para a elaboração do 1º Livro de Regras de Futebol de Salão editada no mundo, em 1956.

Apesar das divergências, o que se conclui é que o Futebol de Salão, nasceu na Associação Cristã de Moços, na década de 30 em Montevidéu ou na década de 40 em São Paulo.

FONTE:http://www.futsalbrasil.com.br/artigos/artigo.php?cd_artigo=159

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

lesões na capoeira

LESÕES NA CAPOEIRA

por: CARLOS ROBERTO PELEGRINO ALVES DE SENA
adaptado por: Cláudio Garcia

RESUMO

A distância entre a prática da capoeira e o universo acadêmico é o fator determinante da origem deste artigo. Atualmente a capoeira é reconhecida como importante atividade física da cultura brasileira. Inúmeros benefícios estão associados a sua prática, contudo, existe uma quantidade restrita de pesquisas sobre as lesões pertinentes a modalidade. O objetivo deste artigo é descrever as principais lesões de joelho decorrentes da prática da capoeira, como também relatar diante de vários, alguns fatores que as promovem. O método utilizado foi à revisão de literatura. Os resultados obtidos sugerem que as principais lesões de joelho encontradas na prática da capoeira são as ligamentares, com predominância de “ligamento cruzado anterior” e as de meniscos. As principais causas das lesões são: as mecânicas, como os deslocamentos rápidos, os movimentos repetitivos e extenuantes e as mudanças bruscas de direção (que acentuam a ação da força de atrito e conseqüentemente a força de reação do solo); e as biológicas como o sistema muscular debilitado, a ação proprioceptiva falha e a flexibilidade muscular limitada.

INTRODUÇÃO

A capoeira, é um esporte,e como tal pode ocasionar lesões durante sua prática em decorrência dos movimentos repetitivos, da força de atrito no pé de apoio, dos movimentos que exigem maior flexibilidade ou que induzem a uma má postura, e que geralmente acometem às articulações dos tornozelos, punhos, ombros, cotovelos e joelhos, assim como, as musculares e lombalgias (MOREIRA, 03/02/2008).
“Enquanto o deslocamento do tronco para trás concentra o peso corpóreo no calcanhar do pé apoiado posteriormente produzindo uma extensão reflexa do joelho correspondente o da coluna vertebral, sobrecarregando a massa muscular posterior da perna, impedindo a mobilização rápida do membro de apoio posterior e a esquiva para trás, além de criar condições mecânicas a instalação de lesões mio-ligamento-articulares. O joelho, devido à sustentação, forças externas e deslocamentos rápidos com as mudanças bruscas de direção, é uma das articulações mais exigida na prática da Capoeira”.
(DECANIO, 2008)

O objetivo deste artigo é descrever as principais lesões de joelho decorrentes da prática da capoeira, como também relatar os fatores que as promovem.

DESENVOLVIMENTO


Em 1972 a capoeira foi homologada pelo Ministério da Educação e Cultura como modalidade desportiva (GLADSON 1989, p. 23).

A Confederação Brasileira de Pugilismo, pelo seu Departamento Especial de Capoeira, elaborou o Regulamento Técnico que norteou a vida da capoeira-esporte em todos os eventos e graduações oficiais em âmbito nacional, e tendo como órgãos responsáveis, em nível estadual, as respectivas Federações e nos dias de hoje a Capoeira é ensinada em academias, clubes, escolas e universidades, com o lúdico, o ritmo e a luta (GLADSON 1989, p.23).

2. LESÕES NA CAPOEIRA

De acordo com Moreira (03/08/2008), a mecânica de alguns movimentos da capoeira, pelo excesso repetitivo ou pela realização inadequada, promove as seguintes lesões:
Tornozelo
Geralmente ocasionada em decorrência de torções durante a ginga, deslocamentos e impactos ao término dos saltos.

Lesões Musculares
Geralmente na realização inadequada de determinados movimentos executados com excesso de explosão, podem acarretar lesões tais como: distensão, contusão, estiramento e contratura muscular.

Lombalgias
Geralmente acontece no trabalho realizado em postura pouco natural, como movimentos inesperados e súbitos, os quais também exigem grande flexibilidade como a ponte, que também força a região facetária das vértebras.

Punhos
Geralmente acontece no impacto dos MMSS. no solo tais como: mortal com as mãos e as quedas (desequilibrantes).

Ombro
Geralmente acontece nos movimentos com exploração da amplitude total do ombro, associando-se à descarga de peso nesta articulação, tais como: macaco, S-dobrado, paradas de mão c/queda de rins, aú giratório, etc… Pode-se chegar a uma artrite traumática.

Menisco ligamentares do joelho

Lesão que geralmente ocorre em detrimento de sobrecarga na articulação,uma hiperextensão ou até mesmo ao atrito e uma torção da articulação devido o pé estar fixado no chão, geralmente acontece durante na execução dos golpes e ao aplicar ou receber movimentos desequiibrantes (quedas).

Cotovelo
Perigo de luxações e entorses, nos movimentos de floreio.

“O capoeirista para aprender um novo golpe ou movimento precisa desenvolver o uso sincronizado de vários grupos musculares simultaneamente. Isso vai viabilizar o uso destes grupos musculares também em práticas corriqueiras no dia a dia, diferentemente do praticante da musculação que trabalha isoladamente para cada grupo muscular. Por outro lado, deve-se tomar muito cuidado, pois a prática indevida pode ocasionar lesões musculares, assim como, lesões articulares, muitas vezes irreversíveis, que podem acarretar prejuízos ao praticante, pelo resto de sua vida”. (BURIANOVÁ, Ph Dr. ZUZANA, 2007).

De acordo com Andrews (2000) apud Cintra Neto (2006), a articulação do joelho é a mais constantemente lesada em todo o corpo, em especial em indivíduos que participam em atividades atléticas, sendo a instabilidade permanente e progressiva mais alta do que qualquer outra lesão articular nos esportes.

3. PRINCIPAIS LESÕES DE JOELHO NA CAPOEIRA

“Foram avaliados treze pacientes que foram submetidos a cirurgia de reconstrução de ligamento cruzado anterior (LCA), todos atendidos e operados pela Equipe de joelhos do setor de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, sendo que dos 13 pacientes estudados, 10 eram homens (76,9%) e três mulheres (23,1%) e a média de idade foi de 34,5 anos, o esporte mais praticado antes da lesão foi o futebol, (69,2%), seguido da capoeira e basquete (todos com 7,7%). O mecanismo de trauma mais freqüente foi a entorse (10 pacientes – 76,9%), seguida do trauma direto em três pacientes (23,1%)”.(BONFIM, PACCOLA, 2000).

Segundo Petersen e Renstrom (2002, p. 267), “lesões no ligamento colateral medial e lesões meniscais são a maioria, mas, rupturas de ligamento cruzado anterior (LCA) também são comuns e responsáveis por uma considerável quantidade de tempo perdido no esporte”.

3.1 LESÕES LIGAMENTARES

“A articulação do joelho é estabilizada por quatro fortes ligamentos: o ligamento colateral medial (LCM), o ligamento colateral lateral (LCL), o ligamento cruzado anterior (LCA) e o ligamento cruzado posterior (LCP), sendo que o LCM e o LCL evitam a movimentação látero-lateral, enquanto o LCA e o LCP limitam a movimentação anormal antero-posterior. Lesões por torção que causam forças excessivas sobre esses ligamentos podem rompê-los”. (PETERSEN E RENSTROM, 2002, p. 268).

Na articulação do joelho, a qual a configuração dos ossos não é particularmente estável, a tensão nos ligamentos contribui muito para a estabilidade articular, ajudando a manter as extremidades ósseas articuladas. (Hall, 2005, p. 121).
A localização de cada ligamento determina a direção na qual será capaz de opor resistência a uma luxação do joelho. (HALL, 2005, p. 231).
A maioria das lesões no joelho, especificamente o ligamento cruzado anterior (LCA) ocorre nas praticas esportivas, principalmente naquelas que envolvem desaceleração, rotação e saltos (BONFIM e PACCOLA, 2000).

“O LCA é o restritor primário da anteriorização da tíbia em relação ao fêmur, sendo responsável por 75% da estabilização anterior do joelho. A lesão de LCA é considerada grave, pois gera uma instabilidade do joelho em movimentos de rotação e mudanças de direção, a perda do LCA não produz somente cinética anormal, mas também freqüentemente resulta em grandes mudanças degenerativas no joelho. O LCP (Ligamento Cruzado Posterior), bloqueia o deslocamento anterior do fêmur sobre a tíbia. É mais robusto, porem, mais curto e menos obliquo em sua direção que o anterior”. (PETERSEN e RENSTROM 2002, ps. 271 e 273).


3.2 LESÕES DE MENISCOS

“Os meniscos lateral e medial são fibrocartilagens intra-articulares que apresentam as seguintes funções: aumentar a congruência das articulações tibiofemorais, distribuir a pressão, lubrificação, estabilização da articulação do joelho em todos os planos (principalmente conferindo estabilidade rotacional), prevenir o colapso da membrana sinovial durante a flexo-extensão, sustentar de 40 a 60% da carga total sobre o joelho e até 85% na flexão, absorver impacto fêmoro-tibial em até 20% e função proprioceptiva através de receptores específicos”. (CAMPBELL,1997) (CINTRA NETO, 2006).

As lesões do menisco medial são 20 vezes mais freqüentes que as lesões do menisco lateral. O menisco medial adere firmemente à cápsula articular e ao ligamento colateral medial, de modo a ficar mais exposto aos traumatismos. (VARGAS et al, 2002).

“O menisco medial é parte do complexo ligamentar medial, sendo inserido na cápsula em toda sua extensão, alem de apoiar-se sobre uma superfície côncava. Isto permite menor mobilidade durante os movimentos articulares, sendo considerado o menisco da estabilidade, suas lesões são classificados como; traumáticas, degenerativas e congênitas, decorrentes de traumas rotacionais ou axiais, evidenciados na prática esportiva, subida de escadas e rampas e na queixa de falseio, o menisco lateral também poderá apresentar lesões; traumáticas, degenerativas e congênitas, conseqüentes também de traumas rotacionais (VARGAS et al,2002).

“Em esportes de contato, é comum a ocorrência de lesões dos meniscos, muitas vezes combinadas com lesões ligamentares, particularmente quando o menisco medial é envolvido, sendo com frequencia causadas por impacto de torção no joelho. Em casos de rotação externa do pé (eversão) e da porção inferior da perna em relação ao fêmur, o menisco medial fica mais vulnerável, enquanto em rotação interna do pé(inversão) e parte inferior da perna, o menisco lateral é facilmente lesado e acontecendo também na hiperextensão ou hiperflexão do joelho”. (PETERSEN e RENSTRON, 2002 p. 298).

4. ORIGEM DAS LESÕES

4.1 FATORES MECÂNICOS

“[...] tomando-se como referência outras expressões do movimento humano (1), pode-se classificar as cargas externas geradas nos movimentos armada pulada e no parafuso como sendo de moderada intensidade. Considerando ainda que a carga externa, quando aplicada em intensidade e/ou volume excessivos, pode provocar lesões em diversas estruturas do tecido biológico, deve-se dedicar especial atenção à seleção dos movimentos utilizados nas aulas de capoeira (BRENNECKE, AMADIO, SERRÃO, 2005)

O risco da prática da capoeira encontra-se na falta de consciência e orientação para a realização dos movimentos, o que pode levar a ocorrência de lesões (MOREIRA, 03/08/2008).
[...] ainda que em situações de jogo dificilmente se execute diversas vezes o mesmo movimento, em situações de treinamento a repetição sistemática de um mesmo movimento é usualmente realizada, aumentando, portanto, as chances de lesões por sobrecarga em indivíduos não preparados e/ou fadigados”(BRENNECKE, AMADIO, SERRÃO, 2005)

A lesão de joelho geralmente ocorre em detrimento de sobrecarga na articulação, uma hiperextensão ou até mesmo ao atrito e entorse da articulação devido o pé estar fixado no chão, geralmente acontece durante a execução dos golpes e ao aplicar ou receber movimentos de quedas (MOREIRA, 03/08/2008).
Segundo (Smith, Weiss e Lehmkuhl, 1997, ps. 24 e 25) a força do atrito pode proporcionar estabilidade se ótimo, retardar o movimento se excessivo e levar a instabilidade se inadequada.
Decanio (2008), médico e ex-aluno de Mestre Bimba, relata que o joelho, devido à sustentação, forças externas e deslocamentos rápidos com as mudanças bruscas de direção, é uma das articulações mais exigida na prática da Capoeira.

“Várias podem ser as causas de lesões no joelho devido à capoeira, exemplo é o excesso de peso do capoeirista, assim como, a repetição excessiva do movimento de flexo-extensão dos mesmos, que provocam um desgaste gradual desta articulação deixando-a propensa a lesões”.(MOREIRA, 2008).

“Na Capoeira, em alguns casos a simples flexão é suficiente para a realização do movimento, porém, em outros esta articulação necessita de sua capacidade máxima para que o movimento ocorra.

“Esportes competitivos, como os de lutas, obrigam a treinamentos intensos e longos, havendo sem duvida sobrecarga ao corpo humano, e neste aspecto, o joelho fica vulnerável, seja em atletas ou esportistas. Sendo, portanto, uma articulação muito comumente envolvida em lesões esportistas recreativas e profissionais. Nos esportes de contato, o atleta é ainda mais suscetível, pois além destes fatores, ainda esta envolvido o peso do outro atleta, levando a uma maior sobrecarga”.(ASSIS, GOMES e CARVALHO, 2005).

“Segundo trabalho cientifico publicado no VII Congresso de Iniciação Cientifica e V Simpósio de Pós Graduação da Escola de Educação Física e Esporte da USP, de acordo com (Stallard, 1984), “a força pode ser definida como uma ação física, que tende a mudar a posição do corpo no espaço”, ou seja, segundo o trabalho, as forças mensuráveis são as forças externas, transmitidas entre o corpo e o ambiente, isto é, forças de reação. E segundo (Stucke, 1984), a força de reação do solo que ocorre durante a fase de apoio ou contato, é um dos principais parâmetros externos da estrutura do movimento com influência na quantificação da sobrecarga mecânica sofrida pelo aparelho locomotor”. (HEINE, SERRÃO e ALMEIDA, 2000).

“A boa mecânica corporal requer que a amplitude de movimento articular seja adequada, porém não excessiva. Existe um principio básico relativo aos movimentos articulares; quanto maior a flexibilidade, menor a estabilidade; quanto maior a estabilidade menor a flexibilidade; onde o desempenho habilidoso em uma variedade de esportes, danças e atividades acrobáticas requerem flexibilidade e comprimento muscular excessivos. Embora possa ser aplicado para a melhora do desempenho em determinada atividade, pode afetar adversamente o bem estar do individuo que o está desempenhando”.(KENDALL, MC CREARY e PROVANCE, 1995).

4.2 FATORES BIOLÓGICOS

“É fato que a presença de desequilíbrio muscular entre extensores (quadríceps) e flexores (ísquio-tibiais) do joelho pode contribuir para uma maior ocorrência de lesões, e que uma musculatura em harmonia pode evitar ou pelo menos minimizar, não só as lesões do joelho, mas também de todas as articulações e músculos do corpo”.(ASSIS, GOMES e CARVALHO, 2005).
“A articulação do joelho é composta por músculos extensores e flexores sendo extensores; reto da coxa, vasto lateral, vasto medial e vasto intermédio, os quatro músculos formam uma única fixação distal forte na patela, cápsula do joelho e superfície proximal anterior da tíbia, e os flexores; bíceps femoral, semitendinoso e o semimembranoso (coletivamente chamados de isquiotibiais); o gastrocnêmio, o plantar, o poplíteo, o grácil e o sartório. Músculos, estes que passam posteriormente ao eixo de flexão e extensão variável de flexão do joelho”.(SMITH, WEISS e LEHMKUHL, 1997, p.359, 361).

Um bom trabalho de musculação dentre vários, para a ativação dos músculos extensores pode ser: a cadeira extensora e o trabalho com caneleiras (também na cadeira extensora), pois ativa melhor o vasto medial devido a maior resistência nos últimos graus de extensão; quanto que aos músculos flexores o Leg-press, com o apoio alto, tendo uma maior amplitude articular do quadril e uma menor amplitude articular do joelho, trabalhando ativamente em maior proporção os músculos flexores em comparação ao apoio baixo, sendo que este exercício também trabalha o quadríceps, com isso, é indicado para pessoas que apresentam alterações de ligamento cruzado anterior; e o agachamento; onde estarão envolvidas as articulações do quadril, joelho e tornozelos serão trabalhados os músculos extensores do quadril (bíceps femoral, semitendinoso e semimembranoso e glúteo máximo) extensores do joelho (reto femoral, vasto intermédio, vasto medial e vasto lateral) e flexores plantares (gastrocnêmios e sóleo) trabalho este, que seja realizado, desde que não tenha articulações em processo inflamatório”(LIMA e PINTO, 2005).

Segundo (Nunes, Castro, Marchetto e Pereira, 2003), propriocepção, é definida como a capacidade inconsciente de sentir o movimento e posição de uma articulação no espaço. No joelho ela é medida por mecanoreceptores situados nas suas principais estruturas como ligamentos, cápsula articular, tendão patelar, meniscos, etc…

“Os receptores das terminações nervosas informam as alterações mecânicas das estruturas músculo-articulares, as aferências dos sistemas músculo-articulares projetam-se para os centros de processamento no cérebro, por meio de reflexos algumas vezes imperceptíveis e por meio das vias de controle motor, que podem influenciar os neurônios motores que controlam a atividade muscular e as atividades das vias neurais que regulam o próprio sistema músculo-articular, portanto a propriocepção é inicialmente trabalhada de uma maneira consciente por meio de exercícios de equilíbrio, postura do joelho no espaço, tempo correto de atuação dos músculos flexores antes de chocar o pé contra qualquer obstáculo, mesmo o solo, ou seja, puro trabalho sensório-motor, através das vias aferentes e eferentes”. (EKMAN, 2000 apud ARCHOUR JR., 2002, p. 301)

De acordo com Dover (2003) apud Bonetti (2007), exercícios proprioceptivos são uma parte integral do processo de reabilitação, sendo prudente seu uso na prevenção de lesões desportivas, pois estudos realizados comprovaram que a prescrição destes exercícios melhora o senso de posição articular e evita que as lesões ocorram.

“A propriocepção é inicialmente trabalhada de uma maneira consciente por meio de exercícios de equilíbrio, a postura do joelho no espaço, tempo correto de atuação dos músculos flexores, etc. A repetição exaustiva deste treinamento consciente fará com que o mesmo se torne automático e inconsciente preparando o individuo a usar seus músculos flexores antes de chocar o pé contra qualquer obstáculo, mesmo o solo. Vário técnicas existem para se treinar a propriocepção do joelho, tais como, a balancinha e a cama elástica, aparelhos estes, os quais propiciam instabilidade durante os exercícios para que se adquira uma melhor estabilidade articular, onde em média se necessita de quatro a seis semanas de trabalho para um bom resultado final”.(NUNES, CASTRO, MARCHETTO e PEREIRA, 2003).

“O programa de exercícios proprioceptivos, para propor um trabalho preventivo, deve ter exercícios dinâmicos, mutidirecionais e específicos de cada esporte. Estes exercícios trabalham principalmente com componentes da estabilidade dinâmica das articulações (unidades músculo-tendíneas) que mantém os membros e articulações estáveis durante os movimentos. Este treinamento de exercícios dinâmicos específicos de cada esporte, permite facilitações na adaptação proprioceptiva na articulação do joelho em atletas, evitando falseios e instabilidades”.(HEWETT, 2001; BONETTI, 2007).

“Tanto os tecidos contráteis (sarcômeros), como os não contráteis (fascias, tendões e ligamentos), tem propriedades elásticas e plásticas. Se há intenção de ocasionar deformação no tecido à longo prazo, a tensão aplicada deve alcançar, e até mesmo, superar ligeiramente o limite elástico do tecido e mante-lo por determinado tempo, ou seja, é necessário procurar manter o equilíbrio na atividade de alongamentos e conhecimento, pois é de suma importância na prática esportiva. O sistema muscular acometido de encurtamento ou insuficiência de flexibilidade aumenta a estimulação dos agonistas via fuso muscular ao acionar o músculo para contrair-se, tornando-o mais rígido e os seus antagonistas mais lassos. Como consequência, instala-se um sistema hipotônico antagonista e um hipertônico agonista, instalando a assimetria, causando; aumento do gasto energético; desestabilização da postura; utilização de fibras compensatórias; compressão das fibras nervosas; aumento das incidências de cãibras e dor”; prejuízo da técnica nas habilidades atléticas e de luta”(ARCHOUR JR, 2002 p. 295).

CONCLUSÃO

Este trabalho teve como objetivo pesquisar sobre lesões que acometem os indivíduos que praticam a capoeira, assim como tentar identificar quais os fatores que as promovem. A partir das informações coletadas na revisão de literatura, concluiu-se que: as lesões de joelho, com predominância de “Ligamento Cruzado Anterior” e “Meniscos” em decorrência da postura do individuo estão mais sujeitas a acontecer através dos deslocamentos rápidos com mudanças bruscas de direção (ginga e fintas de corpo), bem como, movimentos repetitivos e extenuantes (golpes de linha e giratórios), em decorrência da soltura dos golpes e o pé de apoio no chão, ocasionando a força de atrito e resultando na força de reação do solo, onde dependendo do piso e o indivíduo estando descalço será menor e calçado será maior. Forças externas que com o passar do tempo, poderão ocasionar uma frouxidão ligamentar em decorrência das micro-lesões sem intervalos ocasionadas pelo Stress, podendo chegar a uma ruptura ligamentar. No movimento de rotação, tomemos como exemplo o golpe da armada, acontecerá o trabalho sensório – motor; sensório (SNC- via eferente -ligamentos) e motor (ligamentos – via aferente – SNC), momento este em que acontecerá um deslizamento rotacional dos côndilos femorais, lateral e medial do fêmur, sobre os Platôs tibiais lateral e medial da tíbia, podendo acontecer o atraso da mensagem eferente quanto a controlar ou até mesmo parar o golpe giratório, devido a uma ação proprioceptiva falha ocorrendo a frouxidão ligamentar, concomitantemente com o sistema muscular debilitado e a flexibilidade limitada, poderá ocorrer o rompimento do LCA e por muitas vezes acompanhado da lesão de menisco. O fortalecimento muscular, os exercícios de propriocepção e alongamentos, não neutralizarão a possibilidade de lesões, mas agirão preventivamente contra as mesmas.

REFERÊNCIAS

ARCHOUR JR., A; “Exercícios de Alongamento” Barueri, 2002, Manole, ps. 4, 289, 295 e 301.
AREIAS, A; “O que é Capoeira” 3ª ed. São Paulo, Brasiliense, 1983, ps. 28, 67 e 68.
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adptado do artigo original de autoria de CARLOS ROBERTO PELEGRINO ALVES DE SENA

segunda-feira, 14 de novembro de 2011







II Simpósio de capoeira da cidade de São Bernardo do

Campo



Fruto das discussões iniciadas ao longo do último ano pelo Grupo de Trabalho de Cultura Popular Tradicional formado por funcionários da Secretaria de Cultura junto a Comissão de Capoeiras de São Bernardo do Campo, este Simpósio visa à reflexão, ao debate e ao encaminhamento das questões fundamentais para o fortalecimento do multifacetado universo cultural da Capoeira do Grande ABC, em especial da cidade São Bernardo do Campo.

Serão emitidos certificados de participação para todas as atividades. Inscrições antecipadas pelo telefone 4336-8206 e palestrasedebates@gmail.com


Dia 25 às 20h - Abertura Oficial do Simpósio e da Exposição Fotográfica sobre a História da Capoeira na Cidade São Bernardo do Campo.

Cerimônia oficial de abertura do evento com a presença das autoridades do poder público municipal, Sr. Martvs Chagas (Diretor do Departamento de Fomento e promoção da Cultura Afro-brasileira da Fundação Palmares) e homenagem aos mestres mais antigos da cidade de São Bernardo do Campo. Auditório da Pinacoteca. Rua Kara, 105. Jardim do Mar. Tel: 4125-2466


Dia 26 das 9h às 12h - Workshop: “Capoeira e Educação”

Neste workshop serão abordados os aspectos teóricos e metodológicos presentes na prática corporal da capoeira na educação física escolar.

Palestrante: Prof. Dr. Gladson de Oliveira Silva (CEPEUSP). Teatro Elis Regina. Avenida João Firmino, 900. Bairro Assunção. Fone 4351-3479



Dia 26 às 15h - Mesa de debates “Apontamentos para uma construção coletiva de políticas públicas voltadas a Capoeira”:

A partir das diretrizes apontadas pelo Ministério da Cultura/Iphan/Fundação Palmares e Ministério do Esporte, esta mesa visa debater e criar indicativos para construção coletiva de políticas públicas voltadas a Capoeira. Teatro Elis Regina. Avenida João Firmino, 900. Bairro Assunção. Tel: 4351-3479


Dia 26 às 19h - 1º Festival de Ladainhas de Capoeira de SBC

Festival de caráter competitivo que visa dar visibilidade a produção mais recente de cantigas autorais, no caso ladainhas, compostas nas Rodas de Capoeira do Grande ABC. Para participar o interessado deve enviar um email para palestrasedebates@gmail.com com a letra digitalizada da ladainha. No corpo do email colocar o nome completo do autor e/ou interprete, Academia, Associação ou Instituição da qual faz parte, bem como o contato telefônico. Cada participante poderá inscrever apenas uma ladainha e a mesma poderá ter no máximo 2 minutos. Inscrições limitadas a 20 participantes, feitas por ordem de chegada. Informações: 4336-8206.

Teatro Elis Regina. Avenida João Firmino, 900. Bairro Assunção. Tel: 4351-3479


Dia 27 das 9h às 11h - Workshop de Capoeira Angola

Ministrado por Mestre Bigo (Academia de Capoeira Angola Ilê Axé), um dos mais ilustres discípulos do Mestre Pastinha, este workshop abordará os principais fundamentos da capoeira angola - toda sua elegância, mandinga e perigo. Vagas limitadas: 30. Teatro Elis Regina. Avenida João Firmino, 900. Bairro Assunção. Fone 4351-3479


Dia 27 das 11h às 13h - Workshop de Capoeira Regional

Workshop que visa aprimorar a técnica e os principais movimentos da capoeira regional. Presença de Mestre Caverna – uma das principais referências brasileiras da capoeira regional. Vagas limitadas: 30. Teatro Elis Regina. Avenida João Firmino, 900. Bairro Assunção. Tel: 4351-3479


Dia 27 às 15h - Palestra “O Mundo de pernas para o ar: a capoeira no Brasil”

Palestra que sob uma perspectiva histórica–antropológica aborda a questão étnico-racial brasileira a partir da capoeira, revelando como os negros utilizavam essa dança-jogo-luta para enfrentar a dominação, além de mostrar o histórico da capoeira e de suas variações. Palestrante: Profª Drª. Letícia Vidor de Sousa Reis (Centro de Ciências Humanas-Metodista/Piracicaba) . Sala Odete Belinghausen/Teatro Elis Regina. Avenida João Firmino, 900. Bairro Assunção. Tel: 4351-3479


fontes: Prefeitura da cidade de são bernardo do campo,secretaria de cultura (guia cultural da cidade)


domingo, 23 de outubro de 2011

FUTSAL NA ESCOLA


Futsal escolar

Trabalhando as diversas modalidades esportivas adaptando o esporte ao contexto escolar.

O futsal é uma modalidade esportiva muito empolgante e apreciada pela garotada na escola esta “preferência” é reflexo da popularidade do futebol em nosso país é muito comum os alunos associarem as aulas de educação física com o “jogar bola”.
Quando iniciei minha carreira como docente na disciplina Educação Física na rede pública do estado de São Paulo verifiquei que os discentes acreditavam que a pratica do “futebol” ou aquilo que eles chamam de jogar bola, um rachão que lembrava mais uma partida de Rúgbi praticada com os pés, todos correndo atrás da bola chutando para onde apontava o nariz, dividindo com o próprio companheiro de time e não raro finalizando na própria meta e fazendo cara de UÈ! , entre outras coisas que nada tinham a ver com futsal ou futebol.
Regras? Que regras? As regras não existiam as linhas demarcatórias que limitam a quadra lateralmente e a linha de fundo eram completamente ignoradas na desabalada carreira que os alunos desenvolviam enquanto perseguiam a pobre da bola ,paravam somente quando se chocavam com as paredes laterais da quadra ou escorregavam em uma pequena rampa que havia após a trave e eram atropelados pelos demais que ao se recuperarem verificavam para que lado a bola havia escapado, afinal dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço,após alguns segundos de indecisão reiniciava o massacre a pelota.
Durante o planejamento anual da disciplina de educação física estrategicamente programei a pratica do futsal para o ultimo semestre do ano, com a intenção de disciplinar o alunado e trabalhar de forma a demonstrar aos alunos como é prazeroso a pratica de outras modalidades, foi uma briga, cara feia e enrolação principalmente por parte dos meninos que passaram a boicotar as aulas,as primeiras modalidades trabalhadas foram atletismo e basquetebol ,em seguida handebol e ginástica ,no terceiro bimestre voleibol e capoeira e finalmente no quarto bimestre iniciamos a pratica do futsal e por incrível que pareça houveram algumas manifestações e lamentações devido a mudança de modalidade os alunos adoraram as aulas de voleibol ,convém registrar que a cada troca das modalidades coletivas os alunos se manifestavam contrario dizendo que agora que haviam se adaptado e pegado gosto pela modalidade eu as substituía,ora não é necessário relembrar que no inicio do ano letivo os alunos só pensavam em chutar bola,agora querem chutar ,arremessar,lançar,sacar e é claro conduzir ,driblar e finalizar em um bom jogo de futsal.
A conclusão é que os nossos alunos adoram o “futebol” mais se trabalharmos a iniciação das demais modalidades coletivas vão se adaptar e pegar gosto por elas,não devemos ceder a pressão dos alunos no inicio do trabalho e oportunizar aos alunos a experiência da pratica de diversas atividades sendo elas jogos danças ,lutas ,esportes .
Por: Cláudio Garcia

VEM CAPOEIRA 2011

SALVE CAMARADAS !

SEGUE A PUBLICAÇÃO DO MATERIAL DE DIVULGAÇÃO DO EVENTO DO MEU QUERIDO AMIGO CONTRA-MESTRE GILSON
MAIS INFORMAÇÕES:

domingo, 21 de agosto de 2011

resolução SE 14/2010

Publicado em 03/02/2010

Legislação Estadual

Resolução SE Nº 14/2010

Dispõe sobre as sessões de Atividades Curriculares Desportivas - ACD, nas unidades escolares da rede pública estadual

O Secretário da Educação, à vista do que lhe representou a Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas e considerando:

- a importância da prática do esporte escolar como espaço de vivência de relações interpessoais, que contribuem para a ampliação das oportunidades de exercício de uma cidadania ampla e consciente;

- a relevância da participação de alunos em atividades esportivas competitivas e/ou recreativas, com vistas a futuras participações em campeonatos e competições de esfera estadual, nacional e internacional, como as Olimpíadas,

Resolve:

Art. 1º - As aulas de Atividades Curriculares Desportivas - ACD, destinadas à prática das diferentes modalidades esportivas, constituem-se parte integrante da proposta pedagógica da escola e serão desenvolvidas na conformidade do disposto na presente resolução.

Art. 2º - As turmas de Atividades Curriculares Desportivas serão constituídas de, no mínimo, 20(vinte) alunos, organizados por categoria, modalidade e gênero, e suas atividades serão desenvolvidas em turno diverso ao do horário regular de aulas dos alunos envolvidos em, no mínimo, 2(duas) e, máximo, 3(três) aulas semanais.

§ 1º - Caberá à equipe gestora, subsidiada pelos docentes de Educação Física, a organização das diferentes turmas de atividades que poderão ser constituídas com alunos de diversos turnos de funcionamento da escola e, quando possível, de diferentes níveis de ensino.

§ 2º - Quando a frequência de 50% dos alunos de cada turma de Atividades Curriculares Desportivas for bimestralmente inferior a 85% do número de aulas dadas, a direção da escola deverá proceder à reorganização dos alunos da respectiva turma.

Art. 3º - As aulas dessas atividades serão desenvolvidas:

I - aos sábados;

II - ao longo da semana em horário diverso do das aulas regulares dos alunos e sem comprometimento da dinâmica das atividades previstas pela proposta pedagógica para aquele período de funcionamento da unidade escolar, podendo ocorrer inclusive no período noturno.

Art. 4º - As aulas de turmas de Atividades Curriculares Desportivas constituirão jornada de trabalho docente dos titulares de cargo, respeitada a seguinte distribuição:

I - 2 (duas)turmas dentro da jornada inicial;
II - 3 (três) turmas dentro da jornada básica;
III - 4 (quatro) turmas dentro da jornada integral.

§ 1º - Além de constituírem jornada docente, as aulas de turmas de Atividades Curriculares Desportivas poderão ser atribuídas, a título de carga suplementar, aos titulares de cargo em jornadas a que se referem os incisos I e II ou reduzida de trabalho.

§ 2º - Somente no caso de não aceitação pelos professores de Educação Física da unidade escolar, as aulas dessas atividades poderão ser atribuídas a outro docente portador de licenciatura plena em Educação Física e na conformidade das diretrizes estabelecidas pela resolução que trata do processo de atribuição de aulas.

Art. 5º - As escolas poderão organizar até 1 (uma) turma de Atividade Curricular Desportiva por categoria, modalidade e gênero (masculino, feminino ou misto), desde que a natureza das modalidades e categorias selecionadas se justifique pela pertinência e coesão com o currículo e com a proposta pedagógica de que é parte integrante.

§ 1º - As turmas de Atividades Curriculares Desportivas propostas pela equipe gestora, após serem devidamente analisadas e avaliadas pelo Conselho de Escola, serão encaminhadas à Diretoria de Ensino para apreciação imediata pelo supervisor de ensino responsável pela unidade escolar e devida homologação pelo Dirigente Regional de Ensino.

§ 2º - Caberá à Supervisão de Ensino e à Oficina Pedagógica o acompanhamento das Atividades Curriculares Desportivas.

§ 3º - As turmas de Atividades Curriculares Desportivas serão organizadas nas seguintes modalidades: Atletismo, Basquetebol, Capoeira, Futsal, Ginástica Artística, Ginástica Geral, Ginástica Rítmica Desportiva, Handebol, Judô, Tênis de Mesa, Voleibol e Xadrez.

§ 4º - As categorias das turmas de todas as modalidades de atividades Curriculares Desportivas serão:

I - Pré-mirim (de alunos até 12 anos completos no ano);
II - Mirim (de alunos até 14 anos completos no ano);
III - Infantil (de alunos até 16 anos completos no ano);
IV - Juvenil (de alunos até 18 anos completos no ano);
V - Livre (de alunos de diversas idades, desde que o aluno mais velho complete no ano, 19 anos ou mais).

§ 5º - para alunos do Ciclo I do Ensino Fundamental, poderão ser organizadas apenas turmas da categoria pré-mirim, das modalidades Atletismo, Ginástica Artística, Ginástica Geral, Ginástica Rítmica Desportiva, Tênis de Mesa e Xadrez.

§ 6º - Os alunos do ciclo I do Ensino Fundamental, com idade compatível com as demais categorias, poderão integrar turmas das outras modalidades organizadas para alunos do ciclo II do Ensino Fundamental, desde que não formem a maioria daquelas turmas e o horário proposto para as sessões não coincida com o horário regular de aulas.

§ 7º - As turmas das modalidades Basquetebol, Capoeira, Futsal, Handebol, Judô e Voleibol, de todas as categorias, deverão ser organizadas por gênero (masculino ou feminino) e as de Atletismo, Ginástica Artística, Ginástica Geral, Ginástica Rítmica Desportiva, Tênis de Mesa e Xadrez, de todas as categorias poderão ser também mistas, sendo que, se houver turma mista, naquela modalidade e categoria não poderá haver turma do gênero masculino e turma do gênero feminino.

§ 8º - O número de turmas de Atividades Curriculares Desportivas mantidas e/ou organizadas pela unidade escolar, conforme dispõe o “caput” do artigo, deve ser na seguinte conformidade:

I - unidades escolares com até 6 classes - até 4 turmas;
II - unidades escolares com 7 a 12 classes - até 8 turmas;
III - unidades escolares com 13 a 20 classes - até 12 turmas;
IV - unidades escolares com 21 classes ou mais - até 16 turmas.

Art. 6º - para a homologação de turmas de Atividades Curriculares Desportivas, a direção da unidade escolar deverá apresentar à Diretoria de Ensino, um plano articulado ao currículo de Educação Física e à proposta pedagógica, elaborado por professor de Educação Física da unidade escolar e referendado pelo Conselho de Escola, com o seguinte conteúdo:

I - a modalidade, o gênero e a categoria da turma (a data de nascimento do aluno mais velho definirá o nome da categoria da turma);

II - o número de aulas semanais (mínimo duas,máximo três);

III - programação anual de trabalho especificando, além da justificativa, os objetivos, conteúdos, atividades e avaliação a serem desenvolvidos;

IV - lista de, no mínimo, 20 (vinte) alunos candidatos à turma, contendo: nome completo, nº do RA, data de nascimento, nº do R.G, nº da turma/classe de origem (código gerado pelo Sistema de Cadastro de alunos da SEE);

V - horário proposto para o funcionamento das aulas, não coincidente com o horário das aulas regulares dos alunos envolvidos.

Parágrafo único - a unidade escolar deverá manter em seus arquivos, para verificação oportuna, declaração escrita e assinada pelos pais ou responsável, de todos os alunos candidatos a integrarem a turma proposta, autorizando-os a participar das aulas de Atividades Curriculares Desportivas, bem como de eventuais competições e/ou apresentações a serem realizadas em outros locais.

Art. 7º - As turmas de Atividades Curriculares Desportivas que estiverem funcionando regularmente no final do ano letivo poderão ser atribuídas no processo inicial de atribuição de aulas, nas modalidades e gênero já existentes.

Parágrafo único - As categorias das turmas atribuídas serão definidas no planejamento anual de trabalho, que deverá conter, além dos demais itens, a lista dos alunos participantes, com sua data de nascimento e série de origem, e ser apresentado pelo professor de Educação Física à direção da unidade escolar, no prazo de duas semanas a partir do início do ano letivo, para ratificação ou retificação.

Art. 8º - Novas turmas de Atividades Curriculares Desportivas poderão ser homologadas no decorrer do ano letivo e no máximo até o último dia útil do mês de agosto do ano em curso.

Art. 9º - Os alunos das Atividades Curriculares Desportivas não poderão ser dispensados das aulas regulares de Educação Física.

Art. 10 - As Atividades Curriculares Desportivas, por integrarem a proposta pedagógica das Unidades Escolares e à semelhança dos procedimentos aplicados aos demais componentes curriculares, deverão ser:

I - objeto de controle de frequência dos alunos;

II - rotineiramente acompanhadas em seu desenvolvimento pela coordenação pedagógica da unidade escolar;

III - submetidas a avaliações devidamente formalizadas em relatórios circunstanciados a serem elaborados pelo professor responsável pela turma de atividades, com ciência da coordenação pedagógica, da direção e do Conselho de Escola e encaminhados à Diretoria de Ensino, juntamente com a ata da reunião do referido Conselho de Escola.

Art. 11 - a participação dos alunos e professores das turmas de Atividades Curriculares Desportivas na Olimpíada Colegial do Estado de São Paulo e nos demais campeonatos e competições será objeto de regulamentação específica.

Art. 12- a Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas baixará as instruções que se fizerem necessárias ao cumprimento desta resolução.

Art. 13 - Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as disposições em contrário, em especial as da Resolução SE Nº 173/2002